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    Cover of Verity (Colleen Hoover)
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    Verity (Colleen Hoover)

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    Capí­tu­lo 20 é car­rega­do de uma ten­são psi­cológ­i­ca inten­sa, enquan­to Lowen lida com o peso das rev­e­lações que encon­trou no man­u­scrito de Ver­i­ty. Ela segu­ra o vaso com força, sentin­do o enjoo físi­co e emo­cional que a leitu­ra a cau­sou. É como se tivesse sido trans­porta­da para aque­le momen­to trági­co, como se tivesse teste­munhado tudo o que acon­te­ceu com Harp­er, com Jere­my, e com Ver­i­ty. O sen­ti­men­to de impotên­cia e cul­pa a invade, e Lowen se vê diante de uma escol­ha angus­tiante. Deve con­tar a Jere­my sobre o que desco­briu? Ela ques­tiona se isso trará alívio ou, pelo con­trário, aumen­tará ain­da mais o sofri­men­to. Ela se sente par­al­isa­da, com medo de que a ver­dade acabe por destru­ir o que ain­da res­ta da con­fi­ança entre ela e Jere­my, ou pior, que algo mais doloroso ven­ha à tona.

    Com sua mente em um tur­bil­hão, Lowen ten­ta encon­trar algu­ma for­ma de afas­tar esse peso. Ela recorre ao Xanax e ao whisky, ten­tan­do afog­ar a dor, mas sabe que nada dis­so pode apa­gar a sen­sação de estar viven­do em uma men­ti­ra. Enquan­to Jere­my não está em casa, ela se dá um tem­po para proces­sar tudo, mas a dúvi­da sobre a decisão que tomou a con­some. O fato de estar viven­do com Jere­my, enquan­to sua esposa está em um esta­do veg­e­ta­ti­vo, faz com que Lowen se sin­ta cul­pa­da e divi­di­da entre o dese­jo de aliviar o sofri­men­to de Jere­my e a neces­si­dade de pro­te­ger a inte­gri­dade emo­cional de sua própria vida. É um ciclo vicioso de emoções con­tra­ditórias, e Lowen sabe que, inde­pen­den­te­mente de sua decisão, nada será sim­ples daqui para frente.

    A pre­sença de Jere­my, no entan­to, ofer­ece um alívio tem­porário para Lowen. Quan­do ele entra no quar­to e a bei­ja, ela sente um con­for­to ime­di­a­to. Seus lábios, ain­da que um gesto de car­in­ho, trazem uma sen­sação de rec­on­cil­i­ação, mas tam­bém a lem­brança do que está acon­te­cen­do em suas vidas. Jere­my não sabe, mas a tris­teza que Lowen sente não é ape­nas pelo esta­do de Ver­i­ty, mas pela real­i­dade cru­el de que ela está envolvi­da em um dile­ma moral e emo­cional pro­fun­do. A relação deles, já com­pli­ca­da, ago­ra se tor­na um cam­po mina­do de emoções con­fli­tantes. Lowen sente que está aju­dan­do Jere­my a se dis­trair de algo que, no fun­do, ele talvez ain­da não este­ja pron­to para encar­ar, mas ela tam­bém não pode deixar de ques­tionar até que pon­to sua própria pre­sença está aju­dan­do a per­pet­u­ar essa situ­ação insus­ten­táv­el.

    Quan­do Jere­my sug­ere que Ver­i­ty fique em um cen­tro de enfer­magem, Lowen sente que talvez, final­mente, haja uma solução para a situ­ação. A pro­pos­ta traz uma sen­sação de alívio, já que isso diminuiria a ten­são na casa e, ao mes­mo tem­po, ofer­e­ce­ria a Ver­i­ty o cuida­do necessário sem a pre­sença con­stante de Jere­my, que já demon­strou estar fisi­ca­mente e emo­cional­mente esgo­ta­do. No entan­to, mes­mo com a pro­pos­ta de Jere­my, Lowen sabe que isso não resolve tudo. O man­u­scrito, com suas rev­e­lações pesadas, ain­da está em suas mãos, e ela fica com o dile­ma moral de saber se deve ou não expor a ver­dade a Jere­my. Ela se per­gun­ta se real­mente vale a pena expor a dor e a tris­teza de Jere­my, espe­cial­mente con­sideran­do que, ao faz­er isso, ela pode destru­ir a últi­ma ideia de feli­ci­dade que ele tem. A ver­dade pode ser lib­er­ta­do­ra, mas tam­bém pode ser dev­as­ta­do­ra.

    Enquan­to Lowen ten­ta equi­li­brar suas próprias emoções e decisões, ela chega à con­clusão de que o man­u­scrito não pre­cisa ser rev­e­la­do de ime­di­a­to. Ela decide que a mel­hor solução, pelo menos por enquan­to, é garan­tir que Ver­i­ty seja super­vi­sion­a­da de per­to em um cen­tro de enfer­magem. Assim, ela pode obser­var de longe sem pre­cis­ar lidar com o peso emo­cional de ter que rev­e­lar a ver­dade ain­da mais dolorosa. A solução de Jere­my, de mon­i­torar Ver­i­ty com sen­sores de movi­men­to, tam­bém traz uma sen­sação de segu­rança, pois Lowen acred­i­ta que isso pode ser sufi­ciente para man­ter a paz den­tro da casa sem provo­car mais danos. O que res­ta é o medo de que, mes­mo com todas as pre­cauções, a ver­dade, even­tual­mente, ven­ha à tona, e quan­do isso acon­te­cer, nada mais será o mes­mo.

    O capí­tu­lo ter­mi­na com uma sen­sação de paz aparente, mas Lowen sabe que a ver­dadeira cal­ma está dis­tante. A ideia de con­tin­uar viven­do com Jere­my enquan­to a situ­ação de Ver­i­ty não se resolve con­tin­ua a marte­lar em sua mente. Ela vê a relação deles se tor­nan­do cada vez mais insus­ten­táv­el, mas ao mes­mo tem­po, ela não pode deixar de quer­er aproveitar os momen­tos que ain­da tem com ele, sem a pressão con­stante de Ver­i­ty. No entan­to, no fun­do, ela entende que essa fal­sa sen­sação de segu­rança não durará para sem­pre, e em algum momen­to, as escol­has feitas até ali terão que ser enfrentadas. O futuro, para Lowen e para Jere­my, ago­ra está em jogo, e o que ela decidir faz­er com a ver­dade será deter­mi­nante para todos os envolvi­dos.

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