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    Cover of Verity (Colleen Hoover)
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    Verity (Colleen Hoover)

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    Capí­tu­lo 14 começa com Lowen, ain­da assom­bra­da pelas exper­iên­cias da noite ante­ri­or, ten­tan­do lidar com os sen­ti­men­tos con­fli­tantes que sur­gi­ram em sua mente. Ela acor­da cedo, sem con­seguir voltar a dormir, e se vê para­da na coz­in­ha, olhan­do pela janela enquan­to ten­ta proces­sar o que acon­te­ceu. O peso do man­u­scrito de Ver­i­ty ain­da está em sua mente, deixando‑a inqui­eta e inca­paz de se con­cen­trar no pre­sente. O que mais a angus­tia é o fato de que, enquan­to Jere­my e ela têm uma relação que parece estar se des­ga­s­tan­do, ela con­tin­ua inca­paz de enten­der com­ple­ta­mente a dinâmi­ca entre eles. A cada dia que pas­sa, Lowen se sente mais pre­sa e desconec­ta­da de sua própria real­i­dade, como se estivesse nave­gan­do em uma maré de inse­gu­ranças.

    A primeira inter­ação do dia com Jere­my, ape­sar de pare­cer nor­mal, tem um toque de estran­heza que Lowen não con­segue igno­rar. Ele sug­ere insta­lar uma fechadu­ra na por­ta dela, mas não da maneira como ela imag­i­nar­ia. A pro­pos­ta de Jere­my de colo­car uma fechadu­ra do lado de fora do quar­to é algo que soa exces­si­va­mente con­tro­lador, como se estivesse ten­tan­do lim­i­tar ain­da mais a liber­dade de Lowen. Ela se vê divi­di­da entre a neces­si­dade de man­ter a paz e a von­tade de ser livre para agir e pen­sar sem restrições. No entan­to, ao mes­mo tem­po, Lowen recon­hece que a pro­pos­ta de Jere­my, ape­sar de ser descon­fortáv­el, pode aju­dar a aliviar suas pre­ocu­pações sobre segu­rança, algo que está con­stan­te­mente em sua mente.

    A ten­são aumen­ta à medi­da que Jere­my e Lowen ten­tam seguir com a roti­na diária. Jere­my sug­ere que Lowen tire um dia de des­can­so, algo que ela resiste em faz­er, optan­do por man­ter-se ocu­pa­da com o tra­bal­ho. O dile­ma de Lowen é claro: ela está ten­tan­do escapar da ansiedade que a con­some, mas, ao mes­mo tem­po, se sente cada vez mais inca­paz de man­ter seu foco e con­cen­tração. O tra­bal­ho em si se tornou uma for­ma de dis­tração, mas mes­mo isso não é sufi­ciente para impedir que as questões pes­soais e emo­cionais invadam sua mente. Ela ten­ta lidar com os e‑mails de Corey, respostas de entre­vis­tas e novas pro­postas de tra­bal­ho, mas a mecâni­ca de suas respostas é mais uma maneira de afas­tar os pen­sa­men­tos som­brios do que uma ten­ta­ti­va genuí­na de seguir adi­ante.

    À medi­da que o dia se desen­ro­la, Lowen ten­ta se afas­tar ain­da mais de seus sen­ti­men­tos de descon­for­to, escol­hen­do se con­cen­trar em tare­fas sim­ples, como a cri­ação de um argu­men­to para o séti­mo livro. No entan­to, a exaustão men­tal a impede de ser efi­caz. Ela sabe que está exaus­ta, tan­to físi­ca quan­to emo­cional­mente, mas não con­segue se dar ao luxo de parar. O cheiro de tacos, vin­do da coz­in­ha, é uma lem­brança das ten­ta­ti­vas de Jere­my de traz­er um pouco de nor­mal­i­dade para a casa, mas até isso a inco­mo­da. Sen­ta­da à mesa, comen­do ao lado de Jere­my e April, Lowen não con­segue deixar de se sen­tir descon­fortáv­el em sua própria pele. A pre­sença de Ver­i­ty, ain­da que ausente, paira sobre eles, como um fan­tas­ma silen­cioso que ameaça destru­ir qual­quer ten­ta­ti­va de con­vivên­cia tran­quila.

    A chu­va de mete­oros, que dev­e­ria ser um momen­to de alívio, se tor­na mais uma metá­fo­ra para a situ­ação de Lowen: algo dis­tante e intangív­el, que ela sabe que está acon­te­cen­do, mas que nun­ca poderá alcançar. No momen­to em que Jere­my começa a se abrir um pouco mais sobre seu pas­sa­do, ela ten­ta se con­cen­trar na con­ver­sa. Ele fala sobre a casa em Ver­mont, a decisão de se mudar e as difi­cul­dades que ele e Ver­i­ty enfrentaram antes do aci­dente. Lowen, emb­o­ra curiosa, se sente mais dis­tante de Jere­my a cada nova rev­e­lação. Ela começa a ques­tionar o quan­to sabe real­mente sobre ele e, mais impor­tante, o quan­to ele está dis­pos­to a com­par­til­har.

    Quan­do Jere­my men­ciona a fal­ta de rela­ciona­men­to com os pais de Ver­i­ty, Lowen se sente divi­di­da entre a com­preen­são e a repul­sa. A história de como eles cor­taram relações com Ver­i­ty depois que ela se envolveu com a escri­ta de livros de sus­pense é chocante, mas tam­bém começa a lançar luz sobre a natureza de Ver­i­ty e seu próprio com­por­ta­men­to. Jere­my, por mais que tente se mostrar desape­ga­do, não pode deixar de car­regar o peso das ações de sua esposa. Lowen sente uma conexão cres­cente com ele, mas ao mes­mo tem­po, uma sen­sação de que ela está sendo pux­a­da para algo que não pode con­tro­lar. Eles com­par­til­ham um momen­to de silên­cio, onde as palavras entre eles não são sufi­cientes para preencher o vazio cres­cente.

    Quan­do Jere­my per­gun­ta se Lowen acred­i­ta que Crew pre­cisa de ter­apia, ela se vê sendo pux­a­da de vol­ta à real­i­dade. As per­gun­tas que ele faz são pro­fun­das, e Lowen, ape­sar de suas próprias angús­tias, ten­ta ser hon­es­ta. Sua exper­iên­cia com a ter­apia no pas­sa­do a faz refle­tir sobre como ela pode­ria aju­dar Jere­my a lidar com suas próprias emoções. Ela com­par­til­ha sua própria luta com a ter­apia, expli­can­do como o apoio que rece­beu foi cru­cial para sua recu­per­ação emo­cional. A tro­ca entre eles, emb­o­ra pareça peque­na, é um reflexo de algo mais pro­fun­do: o dese­jo de ambos de encon­trar algu­ma for­ma de paz em meio ao caos que os envolve.

    À medi­da que a con­ver­sa avança, a ten­são entre eles se dis­solve momen­tanea­mente. Jere­my, aparente­mente mais relax­ado, com­par­til­ha algo pes­soal sobre seu pas­sa­do, enquan­to Lowen, mais uma vez, ten­ta man­ter a dis­tân­cia emo­cional que sente ser necessária para pro­te­ger seu coração. As palavras que tro­cam são car­regadas de um sub­tex­to mais ínti­mo, algo que ela não pode negar. Mas Lowen, ape­sar de seus próprios sen­ti­men­tos, sente que ela pre­cisa man­ter a com­pos­tu­ra. Ela ten­ta se con­vencer de que, ape­sar da conexão que sente com Jere­my, há bar­reiras que não podem ser cruzadas.

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