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    Cover of Verity (Colleen Hoover)
    Novel

    Verity (Colleen Hoover)

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    Capí­tu­lo 18 começa com um momen­to de ten­são e con­fusão, onde cada ação parece ser uma ence­nação cuida­dosa­mente orquestra­da. Ver­i­ty, sen­ta­da na sala, está assistin­do à TV, mas sua expressão vazia não deixa trans­pare­cer qual­quer emoção. April a trouxe para lá, e tudo ao redor parece estar em seu lugar, mas um sen­ti­men­to inqui­etante paira no ar. O som da tele­visão não é sufi­ciente para desviar a mente de Lowen, que obser­va de longe, ten­tan­do enten­der o que real­mente está acon­te­cen­do com Ver­i­ty. Ela ques­tiona em silên­cio se é pos­sív­el que alguém con­si­ga man­ter essa farsa por tan­to tem­po, fin­gin­do uma lesão que não parece ter expli­cação.

    Lowen fica para­da na por­ta, ape­nas assistin­do, ten­tan­do avaliar o que acon­tece com Ver­i­ty e o que se pas­sa na mente de Jere­my. A ideia de que Ver­i­ty pode estar fin­gin­do ou não ten­do reação a estí­mu­los que seri­am nat­u­rais para qual­quer pes­soa saudáv­el a ator­men­ta. A ten­são cresce à medi­da que ela decide tes­tar a situ­ação, ati­ran­do uma bola de madeira em direção a Ver­i­ty e esperan­do uma reação, que não vem. Isso a faz ques­tionar ain­da mais a veraci­dade do esta­do de Ver­i­ty e as intenções por trás de suas ações. Ela vol­ta para a coz­in­ha, mas a sen­sação de descon­for­to per­manece, ago­ra com mais per­gun­tas do que respostas sobre o que está acon­te­cen­do den­tro da casa.

    Com a leitu­ra do man­u­scrito de Ver­i­ty, a ansiedade de Lowen só aumen­ta. Cada capí­tu­lo é mais per­tur­bador do que o ante­ri­or, e ela se vê mer­gul­ha­da em um mun­do de men­ti­ras e manip­u­lações, onde a moral­i­dade de Ver­i­ty se rev­ela ain­da mais com­plexa e per­tur­bado­ra. As pági­nas, que dev­e­ri­am ofer­e­cer clareza, ape­nas trazem mais escuridão, espe­cial­mente quan­do Lowen chega à parte que fala sobre a morte de Harp­er. A frus­tração se mis­tu­ra com a dúvi­da: dev­e­ria ela rev­e­lar a ver­dade para Jere­my ou con­tin­uar escon­den­do os seg­re­dos que o man­u­scrito con­tém? Lowen se vê divi­di­da entre a empa­tia e o medo, ques­tio­nan­do se con­tar a ver­dade real­mente aju­daria alguém ou se causaria mais dor e sofri­men­to.

    Enquan­to a bus­ca por respostas con­tin­ua, Lowen ten­ta man­ter uma facha­da de nor­mal­i­dade. Ela prepara o jan­tar para Jere­my e Crew, mas a mente não con­segue escapar das questões que surgem com o man­u­scrito. A ten­são na casa se inten­si­fi­ca quan­do Jere­my começa a descer as escadas, trazen­do con­si­go o peso das respon­s­abil­i­dades que se acu­mu­lam, com Ver­i­ty e sua situ­ação instáv­el ain­da pre­sentes. O som da tele­visão se silen­cia, e o ambi­ente na casa parece ain­da mais pesa­do, uma metá­fo­ra para o silên­cio inte­ri­or de Lowen, que ago­ra car­rega a ver­dade que ela tem medo de rev­e­lar. Ela se afas­ta da sala, se sentin­do mais dis­tante de todos à medi­da que se perde em seus próprios pen­sa­men­tos.

    No entan­to, o momen­to de silên­cio é que­bra­do por uma ten­são cres­cente entre Lowen e Jere­my. Durante a refeição, uma con­ver­sa inevitáv­el surge, com Jere­my pedin­do des­cul­pas por ter per­di­do o jan­tar. Lowen, ain­da abal­a­va pelas últi­mas rev­e­lações do man­u­scrito, ten­ta evi­tar a con­ver­sa, mas aca­ba se deixan­do levar pela empa­tia e pre­ocu­pação com o sofri­men­to de Jere­my. Ele, por out­ro lado, parece não enten­der com­ple­ta­mente o que Lowen está ten­tan­do expres­sar, focan­do ape­nas em suas próprias lutas inter­nas. No entan­to, a sug­estão de Lowen de colo­car Ver­i­ty em uma insti­tu­ição começa a faz­er Jere­my ques­tionar suas opções, e a con­ver­sa toma um rumo mais sério, refletindo as com­plexas emoções que ambos estão enfrentan­do.

    O capí­tu­lo atinge um clí­max emo­cional quan­do Jere­my rev­ela, de for­ma súbi­ta, o que real­mente quer: Lowen. A ten­são sex­u­al entre eles, que antes pare­cia inevitáv­el e cheia de cul­pa, ago­ra se trans­for­ma em algo mais inten­so. A dinâmi­ca entre eles muda quan­do eles se envolvem fisi­ca­mente, mas essa conexão é mar­ca­da por uma dor sub­ja­cente que ambos ten­tam igno­rar. A intim­i­dade com­par­til­ha­da não é ape­nas um ato de dese­jo, mas tam­bém uma fuga da real­i­dade que os envolve. Porém, ao mes­mo tem­po que se entregam ao momen­to, Lowen é força­da a con­frontar o que isso sig­nifi­ca para ela e para o futuro que ela está con­stru­in­do den­tro daque­la casa cheia de seg­re­dos.

    Quan­do Jere­my e Lowen estão jun­tos, as palavras e ações se tor­nam inten­sa­mente pes­soais e emo­cionais, mostran­do o quão frágil é a lin­ha entre a neces­si­dade de se conec­tar e o peso das escol­has pas­sadas. Ambos se sen­tem per­di­dos, mas tam­bém imer­sos em uma neces­si­dade que vai além da com­preen­são lóg­i­ca. A tro­ca entre eles reflete o que cada um está ten­tan­do evi­tar: o enfrenta­men­to da ver­dade. Em uma casa cheia de ten­sões não ditas, Lowen se vê cada vez mais próx­i­ma de uma decisão que pode mudar tudo, tan­to para ela quan­to para Jere­my, mas ela ain­da luta com os lim­ites da moral­i­dade e os danos cau­sa­dos pela ver­dade não rev­e­la­da.

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