Capí­tu­lo 16 começa com a incerteza que Lowen sente após um encon­tro que a deixa con­fusa e cheia de dúvi­das sobre sua própria per­cepção. Durante a noite, ela acred­i­ta ter vis­to Ver­i­ty em pé no topo da esca­da, mas ao acor­dar, a dúvi­da sobre o que real­mente acon­te­ceu a con­some. Será que ela real­mente viu Ver­i­ty, ou foi ape­nas uma alu­ci­nação cau­sa­da pela exaustão? Essa dúvi­da começa a cor­roer sua mente, e ela se ques­tiona sobre sua saúde men­tal e se a cul­pa que sente por estar próx­i­ma de Jere­my está afe­tan­do sua visão da real­i­dade.

Nos dias seguintes, Lowen con­tin­ua sua roti­na de leitu­ra do man­u­scrito de Ver­i­ty, mas a exper­iên­cia se tor­na cada vez mais insu­portáv­el. As cenas detal­hadas de sexo entre Jere­my e Ver­i­ty a inco­modam pro­fun­da­mente, crian­do um cres­cente descon­for­to. Ela começa a sen­tir ciúmes e des­gos­to ao ler sobre a vida sex­u­al do mari­do de Ver­i­ty, espe­cial­mente enquan­to está envolvi­da em sua própria atração por ele. Isso leva Lowen a afas­tar-se do man­u­scrito, ten­tan­do se con­cen­trar em out­ras coisas, como seu tra­bal­ho, mas a ten­são emo­cional e a dúvi­da con­tin­u­am a afetá-la. Ela sente como se estivesse pre­sa em uma situ­ação em que não pode se afas­tar, mas ao mes­mo tem­po, não tem para onde ir até que o din­heiro seja deposi­ta­do em sua con­ta.

Enquan­to Jere­my e Lowen ten­tam man­ter um equi­líbrio descon­fortáv­el, o rela­ciona­men­to deles começa a se apro­fun­dar de for­ma sutil, mes­mo com a pre­sença con­stante de Ver­i­ty em suas vidas. Jere­my ten­ta aliviar a ten­são insta­lan­do uma nova fechadu­ra no quar­to de Ver­i­ty, algo que dev­e­ria aju­dar Lowen a se sen­tir mais segu­ra. No entan­to, ela começa a se ques­tionar se ele está ape­nas ten­tan­do man­ter a facha­da de que tudo está nor­mal ou se real­mente acred­i­ta na ideia de que Ver­i­ty não pode sair do quar­to. O gesto de Jere­my é con­tra­ditório, e Lowen não con­segue evi­tar se sen­tir mais inse­gu­ra sobre sua própria per­cepção dos even­tos. Ela ain­da duvi­da sobre a aut­en­ti­ci­dade do com­por­ta­men­to de Ver­i­ty e sobre como ela deve pro­ced­er com as descober­tas do man­u­scrito.

Lowen tam­bém con­tin­ua a ser ator­men­ta­da pela ideia de con­tar a Jere­my a ver­dade sobre Ver­i­ty, mas não sabe se deve ou não com­par­til­har o man­u­scrito com ele. Ela acred­i­ta que ele pre­cisa saber quem sua esposa real­mente é, espe­cial­mente dev­i­do à for­ma como Ver­i­ty inter­age com Crew, mas tem receio de que isso só cause mais dor a ele. Lowen ain­da não tem certeza sobre o que faz­er com a infor­mação que pos­sui, já que não sabe como o man­u­scrito ter­mi­na. Ela sente um impul­so de agir, mas a incerteza sobre a veraci­dade das ale­gações de Ver­i­ty a impede de tomar uma ati­tude. Ao mes­mo tem­po, ela se encon­tra cada vez mais imer­sa em um dile­ma moral, per­gun­tan­do-se se deve rev­e­lar a ver­dade, emb­o­ra isso pos­sa destru­ir a con­fi­ança que Jere­my tem nela.

A situ­ação fica ain­da mais com­pli­ca­da quan­do Lowen ten­ta relaxar assistin­do à tele­visão. Ela final­mente se per­mite um des­can­so e um pouco de preguiça, mas Jere­my aparece e a ten­são entre eles ressurge. Eles ten­tam evi­tar um ao out­ro, espe­cial­mente após o quase bei­jo que acon­te­ceu dias atrás, mas a atração ain­da é palpáv­el. Quan­do Lowen men­ciona que seu aniver­sário está chegan­do, Jere­my se sur­preende, e a con­ver­sa que segue é car­rega­da de emoções não ditas. Ele ten­ta ser aten­cioso, fazen­do um bolo para ela, mas o ambi­ente ain­da é car­rega­do com o peso do que está por vir. A aprox­i­mação entre eles começa a pare­cer mais inevitáv­el, e Lowen não pode deixar de se per­gun­tar se esse rela­ciona­men­to será mais uma com­pli­cação ou uma solução para a solidão de ambos.

Em um momen­to de mais intim­i­dade, Jere­my e Lowen com­par­til­ham um pequeno, mas sig­ni­fica­ti­vo gesto, e o cli­ma entre eles começa a mudar. Jere­my mostra uma vul­ner­a­bil­i­dade rara ao faz­er o bolo e ao se aprox­i­mar de Lowen. No entan­to, a ten­são é inter­romp­i­da quan­do algo que Lowen não pode igno­rar acon­tece: ela vê Ver­i­ty no topo da esca­da nova­mente. Esse even­to a faz entrar em pâni­co, e ela ten­ta deses­per­ada­mente faz­er Jere­my enten­der que viu sua esposa, mas ele não acred­i­ta nela. Isso a deixa ain­da mais assus­ta­da e iso­la­da, pois sente que está lutan­do con­tra algo que ninguém mais pode ver ou enten­der. A situ­ação se tor­na cada vez mais angus­tiante, e Lowen se vê em um pon­to de rup­tura, onde pre­cisa decidir entre con­fi­ar em suas próprias per­cepções ou ced­er à pressão e às expec­ta­ti­vas de Jere­my.

O medo de estar per­den­do o con­t­role é tangív­el, e o com­por­ta­men­to de Jere­my, ape­sar de suas boas intenções, não aju­da a aliviar a cres­cente sen­sação de descon­fi­ança de Lowen. Ela con­tin­ua a bus­car respostas, mas a ver­dade parece cada vez mais elu­si­va. No final, a situ­ação se tor­na um ciclo inter­mináv­el de dúvi­das e medo, e Lowen não sabe mais em quem con­fi­ar, nem o que é real. As emoções e os acon­tec­i­men­tos se mis­tu­ram de for­ma con­fusa, e Lowen percebe que, ao ten­tar desven­dar a ver­dade sobre Ver­i­ty, ela pode acabar se per­den­do ain­da mais em um labir­in­to de incertezas.